Mais de 20 grandes empresas aderiram, voluntariamente, às propostas da Política Nacional de Resíduos Sólidos, adotando a simbologia, as orientações de descarte seletivo e a identificação dos materiais em 1020 tipos de embalagens. A garantia vem do presidente da Associação Brasileira de Embalagens (Abre), Mauricio Groke. Ele participou de audiência na terça-feira, 21 de maio, com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Groke apresentou o Relatório de Cumprimento de Metas previstas no Pacto Setorial firmado entre a Abre e o Ministério do Meio Ambiente em 23 de novembro de 2011.
As ações e metas estabelecidas pela Abre e que integram o acordo foram integralmente cumpridas, garante o presidente da instituição. Groke também comunicou à ministra o início de discussão do Projeto de Norma Técnica de Embalagem e Acondicionamento, que trata da simbologia de orientação de descarte seletivo e de identificação de materiais, que deverá ser homologado nos próximos meses pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O texto da iniciativa foi entregue à Izabella Teixeira.
Para Maranhão, ao compartilhar responsabilidades, a iniciativa privada demonstra comprometimento com a adoção da reciclagem.
De acordo com o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do ministério, Ney Maranhão, que participou da reunião, essas iniciativas evidenciam a importância concedida pelos setores empresariais às proposições da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Responsabilidade compartilhada
Para Maranhão, ao compartilhar responsabilidades, a iniciativa privada demonstra comprometimento com a adoção da reciclagem, atuando de forma estratégica para que as embalagens retornem às indústrias, reduzindo os custos de produção.
Do ponto de vista social, explica o secretário da SRHU, “o descarte correto das embalagens, a criação de centros de triagem e a capacitação dos catadores favorecem a inclusão social, a redução da miséria e o reaproveitamento de materiais”.
A recomendação, agora, é estimular a separação do lixo seco do úmido. “É possível usar as embalagens como ferramentas de educação ambiental, ensinando a fazer o descarte correto dos resíduos”, explicou Luciana Pellegrino, diretora executiva da Abre. Ela acrescentou que, "com o correto descarte, os centros de triagem poderão fazer a reciclagem com mais critério, melhorando a qualidade do reciclado."