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III Encontro Logística Reversa do CLRB
A terceira edição do evento do CLRB faz uma prévia da pertinência dos temas e debates que serão travados durante a realização do 1º Fórum Internacional de Logística em maio
15/01/2011
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Por iniciativa do Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB), foi realizado no dia 11 de fevereiro de 2009, na sede da TGestiona – braço logístico da Telefonica –, na Barra Funda, o III Encontro de Logística Reversa para atualizar os assuntos relativos ao setor e fazer uma prévia da inédita pesquisa sobre a “Logística Reversa no Brasil”, que será destaque do 1º Fórum Internacional de Logística Reversa, a ser realizado, em 13 de maio próximo, em São Paulo.

Na oportunidade, alguns associados e os realizadores do evento internacional – o CLRB e a Publicare Eventos – detalharam vários temas que comporão a grade de programas do Fórum e acataram sugestões de executivos de inúmeros segmentos da economia presentes.

Segundo Paulo Roberto Leite, presidente do CLRB e professor da Universidade Mackenzie, a importância de realizar um evento focado em logística reversa tem ganhado força nos últimos dez anos, desde que começou a surgir uma enormidade de produtos, de inúmeras variedades e com baixo ciclo de vida no mercado. Ao mesmo tempo a legislação ambiental está cada vez mais rigorosa, enquanto a obsolescência é mais precoce e o nível de descarte cresce. “Por essa razão, também é o momento apropriado para realizar uma pesquisa sobre Logística Reversa no Brasil e então podermos analisar os dados de empresas que estão implantando diretrizes nesse sentido”, comentou.

O especialista fez uma prévia da pesquisa que será divulgada, em primeira mão, no 1º Fórum, em maio. A primeira etapa do trabalho, iniciado em 2006, foi identificar as políticas de logística reversa adotadas pelas empresas no Brasil. Ao todo 188 companhias responderam às 53 questões formuladas em sete blocos temáticos. O perfil das empresas respondentes foi diverso, porém quem mais respondeu foram empresas dos setores eletrônicos e de serviços. O faturamento das empresas pesquisadas variou de R$ 5 milhões a R$ 1 bilhão; deste universo os produtos mais comercializados tem valores entre R$ 5,00 a R$ 1.000,00 – sendo que 40% correspondem ao segundo patamar. A pesquisa – sua apuração e análise – foi concluída em 2007 e será apresentada, na íntegra, no evento já comentado.

Presentes no evento estiveram também representantes de algumas empresas patrocinadoras do Fórum, como Correios, Oxil, Silcon e TGestiona e Revista Tecnologística para defender os principais pontos da logística reversa sob a ótica de suas empresas. Segundo Marcelo Souza, diretor de Logística da TGestiona, a empresa está evoluindo no tema da sustentabilidade na empresa, que o braço logístico da Telefonica. “É muito importante o debate sobre o assunto, porque os executivos nem sempre enxergam todos os benefícios da logística reversa, como a redução de custos e a proteção ao meio ambiente, um grande diferencial para o consumidor na hora de escolher um produto hoje em dia”, comenta.

Para Ricardo Fógos, gerente Corporativo de Encomendas dos Correios, essa visão começou na empresa ainda nos anos 90, quando as operações do e-commerce ganharam vulto. “Os clientes cada vez mais exigem operadores que entreguem os produtos, mas também possam devolvê-los”, destaca. Segundo ele, as demandas de retorno cresceram de forma surpreendente desde 2005. “Realizávamos há três anos 200 mil coletas, gerando R$ 4 milhões de receita com apenas 175 clientes. No ano passado, com o aumento da carteira, passamos a realizar 1,7 milhões de pacotes, com um resultado de R$37 milhões”, exemplifica, defendendo que, além de tudo, a logística reversa representa um negócio lucrativo. A expectativa da empresa agora é se preparar para cuidar deste serviço, com foco no pós-consumo.

Akiko Ribeiro, diretora executiva da Oxil Manufatura Reversa, empresa do Grupo Estre Ambiental, testemunhou sobre os avanços de sua companhia no sentido de se dar uma destinação segura no fim de vida de resíduos sólidos, quer seja para o descarte efetivo ou reuso. “Esse mercado ainda é pequeno porque é a ponta do consumo, mas a tendência é crescer”, comenta.

Outro convidado presente foi André Saraiva, diretor de Sustentabilidade da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) e do PRAC (Programa de Responsabilidade Ambiental Compartilhada) – entidade de cria procedimentos para o descarte de baterias chumbo-ácido. O executivo enfatizou a ausência de legislação no país para regular todos os processos até o destino final dos produtos e criticou a falta de interação entre as entidades e empresas para promover a evolução do setor. “Há um hiato na sociedade por causa da falta de regras claras e legislação eficiente. Esse quadro promove uma situação de descaso”, completa. Contudo, para ele, a preocupação vai além: “É preciso que as empresas tenham uma visão de sustentabilidade mais ampla, como quanto as operadoras e transportadoras emitem de CO² na realização de suas operações”, provoca.

Para o idealizador do Encontro e do 1º Fórum Internacional de Logística Reversa, os depoimentos apresentados nesta ocasião são ilustrativos ara demonstrar as reais necessidades de a sociedade se engajar nessa discussão. “Mas foi salutar reconhecer que o local foi pequeno para abrigar a quantidade de interessados no tema. Agora é esperar para que a continuidade dos debates seja significativa para que possamos transcender a questão da logística reversa, com foco também no pós-consumo”, diz.

No final do III Encontro, a empresária Shirley Simão, da Publicare Editora e Publicare Eventos, realizadora do evento juntamente com o CLRB, chamou a atenção para a importância que a logística reversa começa a despertar nas empresas dos vários segmentos da economia e convocou as empresas presentes no evento participarem e apoiarem o 1º Fórum Internacional de Logística Reversa.

1º Fórum de Logística Reversa

O evento é uma iniciativa pioneira no Brasil, organizada pelo CLRB e pela Publicare Eventos e patrocidada pelas empresas TGestiona, Oxil, Silcon Ambiental, Correios e Rapidão Cometa. Sua realização será no dia 13 de maio de 2009, no Bourbon Convention Ibirapuera, situado na Avenida Ibirapuera, 2.927, São Paulo – SP.

O Fórum contará com palestras nacionais e internacionais de profissionais que trarão dados relevantes sobre o mercado com alto potencial de exploração e os respectivos ganhos empresariais relacionados ao custo do produto, imagem da empresa, fidelização do cliente e responsabilidade sócio-ambiental. O principal palestrante internacional será Gailen Vick, fundador e presidente da Reverse Logistics Association, entidade dos Estados Unidos – país que fatura R$ 750 bilhões com esse serviço por ano. Outra presença confirmada é da Sociedade Ponto Verde, entidade que coordena o sistema de descarte de materiais de embalagem de 31 países. Além disso, seis cases serão apresentados, entre os quais estão confirmados os da Oxil, TGestiona, Correios e Rapidão Cometa.

O evento destina-se a executivos de empresas fabricantes, distribuidoras e atacadistas, varejistas, operadores logísticos e prestadores de serviços de remanufatura e reciclagem, serviços de conserto e seleção de destino, serviços de call centers e SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), consultores, liquidadores ou brokers, fornecedores de sistemas de informação e captação de dados, empresas de leilões, acadêmicos, órgãos governamentais, entidades de ligadas ao meio ambiente e sustentabilidade, estudantes e outros elos que estejam envolvidos no retorno de produtos ainda não usados ou produtos de pós-consumo.



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